“Quando Amar um Narcisista Deixa de Ser Amor”
Quando Amar um Narcisista Deixa de Ser Amor
Há relações que iluminam.
E há relações que apagam.
Relacionar-se com um narcisista é entrar, pouco a pouco, num labirinto onde você passa a duvidar do que sente, do que pensa… e até de quem é. Ele não chega destruindo — chega seduzindo. É a fase do brilho, do encanto, do “nunca vivi isso com ninguém”. E justamente aí mora a armadilha.
Um narcisista não busca um parceiro.
Busca um espelho.
E quando o reflexo não o favorece… começam os jogos:
- Gaslighting disfarçado de preocupação.
- Críticas sutis travestidas de “eu só quero o seu bem”.
- Comparações inesperadas.
- Alternância cruel entre afeto e frieza.
- E aquela sensação perturbadora de que você está sempre “devendo” algo.
O mais perigoso?
Você começa a achar que o problema é você.
Mas não é.
A mente de quem convive com um narcisista entra num ciclo silencioso de desgaste emocional: identidade corroída, autoestima drenada, culpa fabricada, e uma sensação crônica de insuficiência. Não é amor — é condicionamento.
E a saída começa quando você faz a pergunta certa:
“O que estou aceitando para não perder alguém… e o que estou perdendo por continuar aqui?”
Relacionamentos saudáveis não te diminuem para caber no outro.
Relacionamentos saudáveis não exigem que você se traia para ser amado.
Se isso tocou você, respire.
Você não está sozinho.
E recuperar-se desse tipo de relação não é fraqueza — é renascimento.
Thiago Nogueira
Psicanalista, Escritor.
