Como Amar de Forma Mais Completa ao Criar Ordem em Vez de Caos?

Quando pensamos em amor, que imagens vêm à mente? Frequentemente, o imaginamos como uma onda de sentimento, uma emoção calorosa e avassaladora que nos envolve. O amor é paciente, o amor é gentil, dizem as escrituras. No entanto, embora possa ser tudo isso, talvez esta seja uma visão incompleta. Há outras facetas do amor, mais silenciosas e estruturais, que muitas vezes são negligenciadas. Uma das mais profundas é a ordem.

Do Caos à Criação

A ideia de que o amor é desordem, um turbilhão que vira as nossas vidas de cabeça para baixo, é bastante comum. Contudo, uma análise mais atenta, até mesmo na mitologia antiga, revela uma perspectiva diferente. Na mitologia grega, Eros, a personificação do amor, é descrito como um dos deuses primordiais que surgiu do Caos. Esta narrativa sugere algo profundo: não que o amor seja caótico, mas que o amor é a força que emerge do caos para criar algo novo e estruturado.

Qual poderia ser o princípio fundamental que organiza os elementos dispersos do universo, combinando-os de forma a sustentar a existência? Se não for o amor, a vida – e tudo o que a torna valiosa – seria impossível num ambiente puramente caótico. O amor, nesta visão, é a força que estabelece a harmonia.

O Princípio Ordenador do Universo

Basta olhar à nossa volta para testemunhar esta verdade. A própria estrutura do cosmos reflete um princípio ordenador. Vemos isso na separação clara entre a noite e o dia, na sucessão previsível das estações, na incrível organização biológica dos nossos corpos. Observamos na física fundamental: a água que flui para baixo e o fogo que se eleva.

É dentro deste grande contexto de ordem que a vida se torna possível. A bondade, a prosperidade e o crescimento florescem não na desordem, mas num ambiente onde as coisas estão em seus devidos lugares, onde os processos seguem uma sequência correta e onde há uma estrutura que permite a estabilidade. Criar ordem a partir da confusão, atribuir a cada coisa o seu lugar e a cada ação o seu momento — todos esses são, em essência, atos de amor.

Portanto, a ordem não deve ser vista como o oposto frio e sem emoção da paixão, mas sim como uma de suas expressões mais profundas e negligenciadas. É a mão invisível que estrutura o nosso mundo, permitindo que a beleza e a vida possam prosperar. É uma forma de amor que merece muito mais reconhecimento e apreço do que recebe atualmente. Talvez, ao reconhecer a ordem como uma expressão de amor, possamos compreendê-lo e praticá-lo de uma forma mais completa e significativa.

Referências

  • Hesíodo. Teogonia. (Trad. Jaa Torrano). Editora Iluminuras, 2003.
    Esta obra clássica da literatura grega descreve a origem dos deuses e do cosmos. Nela, Hesíodo posiciona o Caos como o estado primordial e o surgimento de Eros (Amor) como uma das primeiras e mais fundamentais forças cósmicas, responsável por trazer união e ordem ao universo nascente. A passagem relevante encontra-se no início do poema, onde a genealogia dos deuses primordiais é estabelecida.
  • Peck, M. Scott. A Trilha Menos Percorrida. Editora Rocco, 1996.
    Neste livro influente, Peck, um psiquiatra, argumenta contra a ideia de que o amor é apenas um sentimento. Ele o define como um ato de vontade e uma disciplina dedicada ao crescimento espiritual de si e dos outros. Esta perspectiva alinha-se diretamente com a tese do artigo, pois a disciplina e a vontade exigem estrutura e ordem, em oposição à natureza passiva e muitas vezes caótica do "apaixonar-se". O conceito é extensivamente desenvolvido na Parte II, intitulada "Amor".
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