A autoestima é a avaliação subjetiva que cada indivíduo faz do seu próprio valor e competência. Ela se baseia na forma como percebemos nossas habilidades, atributos físicos, conquistas e relações interpessoais. Ter uma autoestima saudável significa reconhecer tanto nossos pontos fortes quanto nossas limitações sem cair em exageros, mantendo uma visão equilibrada de si mesmo.
Fatores internos, como o estilo de pensamento, influenciam diretamente a autoestima. Pensamentos autocríticos e comparações constantes com padrões externos podem minar a confiança, enquanto o diálogo interno positivo reforça a sensação de valor pessoal. Técnicas de reestruturação cognitiva, originadas na terapia cognitivo-comportamental, ajudam a substituir crenças limitantes por pensamentos mais realistas e construtivos.
Influências externas, como o feedback de familiares, amigos e colegas de trabalho, desempenham um papel significativo. Reconhecimentos sinceros elevam o sentimento de competência, enquanto críticas negativas e desqualificações repetidas podem gerar insegurança. Aprender a filtrar comentários, aceitando críticas construtivas e descartando ataques injustos, fortalece a resiliência emocional.
O desenvolvimento da autoestima é um processo contínuo. Competências novas podem ser adquiridas por meio de cursos, leituras e experiências práticas, aumentando a confiança em áreas específicas da vida. Definir metas alcançáveis e celebrar pequenas vitórias cotidianas alimenta um ciclo positivo de autoconfiança e motivação.
Aspectos socioculturais também influenciam a autoestima. Padrões de beleza e sucesso impostos pelos meios de comunicação e redes sociais podem criar uma pressão constante para corresponder a expectativas irreais. Desconectar-se de comparações digitais excessivas e buscar referências mais diversas e inclusivas ajuda a construir um senso de valor pessoal menos condicionado por influências externas.
A prática de autocuidado físico e emocional contribui para o fortalecimento da autoestima. Manter uma rotina equilibrada de sono, alimentação saudável e atividades prazerosas oferece energia e bem-estar. Além disso, reservar momentos para o lazer e para o convívio social reforça a percepção de que merecemos tempo e dedicação, aumentando o respeito próprio.
Em contextos terapêuticos, abordagens como a terapia de aceitação e compromisso (ACT) enfatizam o acolhimento das emoções sem julgamento, promovendo autoaceitação como base para elevar a autoestima. Exercícios de mindfulness e autocompaixão ensinam a observar pensamentos negativos sem reagir impulsivamente, criando espaço para respostas mais saudáveis.
Baixa autoestima está associada a sintomas de ansiedade, depressão e comportamentos de evitação. Pessoas com autoestima fragilizada podem abandonar projetos antes de tentar ou buscar aprovação externa constante. Reconhecer esses padrões e buscar apoio profissional — como psicoterapia individual ou grupos de apoio — é essencial para a reconstrução de uma autoimagem positiva.
Por fim, a autoestima não é um estado fixo, mas uma habilidade que pode ser cultivada. Ao investir em autoconhecimento, estabelecer metas realistas e praticar o diálogo interno construtivo, cada pessoa pode fortalecer seu senso de valor, melhorar sua qualidade de vida e construir relações mais saudáveis e autênticas.