Análise Transacional

A Análise Transacional (AT) chegou ao Brasil no final dos anos 1960, traduzindo a ousadia de Eric Berne para um cenário de vínculos familiares fortes e comunicação indireta. Em vez de ver o indivíduo como um enigma intrapsíquico, a AT olha para o “teatro social” onde as pessoas trocam o tempo todo estímulos e respostas – as chamadas transações. O cerne da teoria são os três estados de ego: Pai, Adulto e Criança. Pai reúne regras introjetadas, Adulto analisa dados com lógica presente, Criança guarda espontaneidade e emoções. Não é patológico ter um estado dominante; o problema surge quando ficamos presos em um papel. Imagine um gerente que cobra resultado usando tom severo de Pai Crítico e, diante de qualquer contestação, o subordinado escorrega para Criança Submissa. A conversa vira jogo de poder, não diálogo.

Na prática clínica, o terapeuta traça um diagrama de estados de ego e observa entonação, postura corporal, palavras‑chave. Uma frase “Você sempre chega tarde!” sugere Pai Crítico; “Foi só um minutinho…” aponta Criança Adaptada. O objetivo é ativar o Adulto em ambos, convidando à descrição factual: “Vejo que são 9h10, nossa reunião começou às 9h. O que precisamos ajustar?” Essa virada reduz culpa e hostilidade, liberando energia para soluções.

A AT também trabalha com posições existenciais: “Eu estou OK / Você está OK” é a base da cooperação; “Eu não OK / Você OK” gera autodepreciação; “Eu OK / Você não OK” alimenta arrogância; “Eu não OK / Você não OK” conduz ao niilismo. Na cultura brasileira, o senso de cordialidade pode mascarar um script “Eu não OK / Você OK”, onde a pessoa se desvaloriza para evitar conflito. Reconhecer e reformular essa posição fortalece autoestima.

Outro conceito é o stroke – unidade de reconhecimento. Um like nas redes, um sorriso no elevador, um sermão do chefe: tudo são strokes positivos ou negativos que nutrem nossa fome de estímulo. Exercícios de “banco de strokes” levam o cliente a listar reconhecimentos que dá e recebe, equilibrando transações.

Pesquisas da USP (2024) mostraram que oito sessões de AT em grupo reduziram 25 % de conflitos matrimoniais, pois casais passaram a identificar jogos de “Perseguidor‑Vítima‑Salvador” e substituir por pedidos claros. Em empresas, treinamentos baseados na matriz PAC aumentaram a satisfação de equipes em 18 %, segundo dados da FGV.

A formação em AT no Brasil exige ao menos 202 horas de teoria, prática supervisionada e análise pessoal. O método dialoga com a cultura local ao usar metáforas de novela: “Quem é Pai Controlador, quem é Criança Rebelde nesta cena?” Ao final, a AT se apresenta como mapa de trânsito emocional, ensinando a trocar buzinas por setas de gentileza na estrada das relações.

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