Jogo de Areia

A terapia de Sandplay, conhecida no Brasil como “cxa de areia terapêutica”, combina a liberdade do brincar simbólico com fundamentos da psicologia analítica de Carl Jung. Ao convidar a pessoa a construir cenas em uma bandeja de areia, usando miniaturas de pessoas, animais, construções e elementos da natureza, abre‑se um canal direto para o inconsciente, sem o filtro das palavras. A areia funciona como solo arquetípico onde fantasias ganham forma concreta, possibilitando que conteúdos reprimidos se revelem em imagens que o terapeuta e o cliente contemplam juntos.

No Brasil, a prática chegou nos anos 1980 com analistas junguianos formados na Suíça. Hoje, encontra espaço em clínicas infantis, ambulatórios de saúde pública e em consultórios que atendem adultos em busca de recursos não verbais para lidar com trauma. Pesquisas da PUC‑São Paulo (2023) indicam que crianças expostas a desastres ambientais demonstraram redução de sintomas pós‑traumáticos em 12 sessões de Sandplay, especialmente quando associadas a narrativas de reconstrução comunitária. O método lança mão de três pilares: setting protegido (o terapeuta intervém pouco, oferecendo segurança emocional), liberdade criativa (o cliente escolhe miniaturas sem sugestão) e processamento simbólico, no qual a cena é testemunhada e, se o cliente desejar, comentada.

Adultos também se beneficiam: executivos que relatam “cabeça cheia” usam a areia para externalizar conflitos entre carreira e vida pessoal, criando duas cidades separadas por rio de vidro azul; nas sessões seguintes, pontes aparecem, espelhando integração interna. Em grupos de gestantes, a caixa de areia vira palco para histórias de ancestrais e expectativas de maternidade, fortalecendo vínculo mãe‑bebê.

Culturalmente, terapeutas brasileiros costumam incluir miniaturas regionais: orixás, folclore amazônico, elementos do sertão. Essa pluralidade permite que pacientes indígenas ou afrodescendentes se reconheçam nas imagens. O processo respeita diretrizes éticas: as cenas são fotografadas somente com consentimento, e o sigilo cobre detalhes simbólicos, não apenas dados pessoais.

Formação recomendada: 120 horas teóricas em psicologia analítica, 50 horas de supervisão em Sandplay e vivência pessoal na caixa. A terapeuta aprende a observar padrões: repetição de cavernas aponta busca de interioridade; figuras quebradas sugerem autoimagem fragmentada; presença crescente de vegetação indica vitalidade emergente. O objetivo não é interpretar de forma fechada, mas acompanhar a jornada do Self rumo à totalidade.

Ao final, Sandplay oferece chão fértil onde histórias silenciosas germinam: a pessoa passa a ver, tocar e, enfim, transformar aquilo que antes era só tensão difusa.

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