Terapia Racional Emotiva Comportamental (REBT)

A Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC) tornou-se popular no Brasil nos últimos vinte anos como alternativa direta às abordagens centradas apenas em conteúdo emocional. Seu criador, Albert Ellis, defendia que grande parte do sofrimento psíquico nascia de crenças absolutistas — “Eu devo ser perfeito”, “Os outros têm a obrigação de me tratar bem” — que, quando violadas pela realidade, produziriam raiva, culpa ou ansiedade. No cenário brasileiro, essas crenças se entrelaçam com expectativas culturais de sucesso profissional, família harmoniosa e autoestima inabalável. Em consultório, o terapeuta ajuda o cliente a identificar pensamentos exigentes (“tenho que”, “não posso”) e substituí-los por preferências flexíveis (“eu gostaria”, “seria bom”).

A TREC segue o modelo ABC: um Evento Ativador (A) aciona a Crença avaliativa (B), que gera uma Consequência emocional ou comportamental (C). Diferente da CBT tradicional, a ênfase está em diferenciar crenças racionais — realistas, flexíveis e lógicas — de crenças irracionais — dogmáticas, falsas e auto-sabotadoras. No dia a dia, um chefe adoecido pode cancelar uma reunião (A); o funcionário crê “isso prova que sou incompetente” (B); sente-se humilhado e evita propor projetos (C). A TREC treina o cliente a disputar (D) essa crença: onde está a evidência? Esse evento realmente define sua competência? Por fim, surge um Novo Efeito (E): emoção moderada e ação adaptativa.

Entre as técnicas, destacam-se debates socráticos, ensaios comportamentais e uso de humor para enfraquecer o pensamento catastrófico. Ellis dizia que “rir do próprio absurdo” solta o músculo da vergonha. No Brasil, terapeutas adaptam exemplos do cotidiano: trânsito caótico, comparações em redes sociais, pressão por boletos em dia. Exercícios de “exposição a rejeição” incluem pedir um desconto improvável em cafeterias para aprender a tolerar o não.

Pesquisas da Universidade Federal do Ceará apontam que oito sessões de TREC reduziram em 45 % escores de ansiedade social, superando grupos de espera. A adesão melhora quando o terapeuta prescreve tarefas curtas — escrever um diálogo interno mais gentil, listar provas contra a ideia de fracasso — e revisa resultados na sessão seguinte. A meta é construir autonomia: o cliente aprende a ser “seu próprio terapeuta” em situações futuras.

A TREC também se integra a programas escolares, ensinando adolescentes a distinguir frustração de catástrofe e a transformar autocrítica em esforço construtivo. Empresas utilizam workshops de TREC para combater Síndrome do Impostor em equipes de tecnologia. Ao trocar “preciso ser genial” por “prefiro entregar valor e aprender”, colaboradores reduzem procrastinação e burnout.

No contexto de cultura de cancelamento, a TREC oferece antídoto: aceitar que a desaprovação alheia é desconfortável, mas não devastadora. Ao transformar “eu não suporto críticas” em “críticas são chatas, mas toleráveis”, a pessoa resgata liberdade de se expressar. Assim, a TREC se mostra ferramenta prática para navegar um mundo onde pressões externas e internas se multiplicam.

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