Baseado em Anexo

A Terapia Baseada no Apego (TBA) parte da ideia de que nossas primeiras ligações afetivas constroem um “mapa” invisível para todas as relações futuras. Quando essas ligações são consistentes e seguras, desenvolvemos confiança para explorar o mundo; quando são instáveis ou traumáticas, aprendemos que o vínculo traz risco ou abandono. A TBA propõe revisitar esse mapa afetivo e redesenhar rotas internas mais acolhedoras.

Raízes teóricas

Inspirada nos estudos de John Bowlby e Mary Ainsworth, a TBA entende o apego como uma estratégia biológica de sobrevivência. Entretanto, a qualidade do contato — sensível ou imprevisível — determina se o bebê internalizará um modelo operacional interno seguro ou inseguro. Esse modelo influencia, já na vida adulta, a forma como reagimos a frustração, intimidade e crítica.

Quando buscar essa abordagem?

Pessoas que experimentam ansiedade de separação, medo de rejeição, distanciamento emocional crônico ou dificuldade em confiar nos outros costumam se beneficiar da TBA. Sobreviventes de negligência, abuso ou permanentes mudanças de cuidadores (institucionalização, adoção tardia) encontram, na reconstrução do vínculo terapêutico, um ambiente de reparo.

Aliança terapêutica

Na TBA, o relacionamento com o terapeuta é o instrumento clínico principal. O profissional se esforça para fornecer responsividade consistente: escuta ativa, validação de emoções, presença estável. Ao longo das sessões, o cliente internaliza essa experiência como prova de que conexões seguras são possíveis no «aqui e agora», não apenas em teoria.

Ferramentas e intervenções

  • História de apego: mapeamento de figuras significativas, rupturas e transições de vida.
  • Reprocessamento de memória: técnicas narrativas e imagéticas para ressignificar lembranças dolorosas.
  • Psicoeducação: compreender tipos de apego (seguro, ansioso, evitativo, desorganizado) e seus correlatos comportamentais.
  • Prática de mentalização: exercitar a capacidade de perceber estados mentais próprios e alheios, reduzindo mal‑entendidos.
  • Experimentos relacionais: role‑playing para treinar pedidos de apoio ou expressão de limites.

Formato das sessões

Geralmente ocorrem encontros semanais de 50 minutos a 1 hora e meia. No início, define‑se um «contrato de segurança» — acordos claros sobre confidencialidade e continuidade — pois clientes com histórico de abandono podem temer dependência. Exercícios de regulação (respiração diafragmática, grounding sensorial) são introduzidos cedo para conter possíveis ativadores.

Evidência científica

Metanálises mostram redução significativa em sintomas de depressão e ansiedade pós‑intervenção TBA. Estudos de neuroimagem indicam maior conectividade entre amígdala e córtex pré‑frontal, sugerindo melhora na modulação emocional. Além disso, casais que participaram de programas baseados em apego reportam aumento na satisfação conjugal e comunicação empática.

Resultados esperados

Ao longo do processo, o cliente começa a:

  1. Reconhecer gatilhos que ativam respostas de fuga ou hipervigilância.
  2. Construir um repertório de autorregulação (auto‑soothing) para tolerar proximidade sem pânico.
  3. Reconfigurar crenças como «não sou digno de amor» para narrativas mais realistas.
  4. Testar novos comportamentos: pedir ajuda, negociar espaço pessoal, expressar saudade.

Diferenciais

Se outras terapias parecem «cognitivas demais» ou focadas em solução de problemas sem tocar na ferida relacional, a TBA oferece um caminho relacional de cura. Não se trata apenas de entender o que aconteceu, mas de viver, na prática, uma experiência corretiva de vínculo que sirva de modelo para futuras conexões.

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