Tratamento Assistido por Medicação

A Terapia Feminista – ou abordagem psicoterapêutica fundada em princípios feministas – trabalha com a hipótese de que a saúde mental não pode ser separada das estruturas sociais que moldam gênero, raça, classe, orientação sexual e capacidade física. No Brasil, essa perspectiva ganha contornos próprios: mistura a história de mulheres negras que enfrentaram escravidão, a força dos movimentos de trabalhadoras domésticas e a luta contemporânea por direitos reprodutivos. O consultório deixa de ser espaço neutro: torna‑se microesfera política onde se analisa como o patriarcado, o racismo estrutural e o capitalismo influenciam no corpo que adoece.

Na prática, a terapeuta feminista pergunta: “Quem define o que é ser mulher ou homem em sua família? Que vozes você internalizou?” Com base nessas narrativas, cria‑se mapa de opressões e privilégios que impactam a autoestima. Técnicas cognitivas desafiam a autocrítica “não sou boa o bastante” revelando padrões de socialização que exigem perfeição feminina sem suporte. Exercícios de role‑play ensaiam dizer “não” a sobrecarga doméstica ou negociação de salário. O processo inclui psicoeducação sobre ciclo menstrual, violência obstétrica e direitos legais.

Interseccionalidade é pilar: uma mulher trans indígena experimenta pressões distintas de uma jovem cis branca de classe média. Por isso, o planejamento terapêutico parte de escuta situada. Se a cliente enfrenta assédio no trabalho, usa‑se exposição gradual para quebrar congelamento, combinada com estratégias de advocacy: redigir denúncia, buscar rede de apoio. Para homens, a terapia feminista investiga a masculinidade tóxica – como a repressão emocional leva a ansiedade e agressão – incentivando vulnerabilidade e empatia.

Pesquisas da UFRGS (2024) indicam que grupos de Terapia Feminista em universidades reduziram sintomas de ansiedade em 40 % entre alunas negras, quando comparados a grupos de TCC padrão, devido ao senso de pertencimento coletivo. Além disso, módulos de mindfulness com enfoque somático ajudam a reconectar mulheres que sofreram abuso sexual ao próprio corpo, sem culpabilização.

A formação envolve estudo de teoria de gênero, história dos movimentos feministas e ética antirracista. A terapeuta deve revisar linguagem: evitar termos patologizantes, usar pronomes corretos e compartilhar poder na sessão – cliente escolhe metas, agenda, avaliação de progresso. Supervisões feministas oferecem espaço para refletir sobre privilégios da profissional e evitar reproduzir hierarquias.

Ao final do percurso, clientes descrevem sensação de agência: “Minha voz tem valor”. A Terapia Feminista, portanto, é ato de resistência. Convida cada pessoa a reescrever a narrativa herdada, plantando sementes de equidade que florescem dentro e fora do consultório.

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