Gerenciamento de Medicação

Gerenciamento de Medicação

Gerenciamento de medicação em saúde mental compreende um processo contínuo de avaliação, prescrição, monitoramento e ajuste de psicofármacos realizado por uma equipe multiprofissional — psiquiatra, enfermeiro, farmacêutico clínico e, em alguns serviços, psicólogo prescritivo ou médico de família. O objetivo central é alcançar o equilíbrio terapêutico: máximo alívio de sintomas com mínimos efeitos adversos, promovendo adesão e bem‑estar global.

Etapas‑chave:

  1. Avaliação inicial — histórico psiquiátrico, uso prévio de medicamentos, comorbidades, exames laboratoriais (função hepática, renal, tiroide).
  2. Seleção farmacológica — escolha baseada em evidência (guidelines), perfil de efeitos colaterais, preferências do paciente e interações com outras drogas.
  3. Titulação de dose — início em dose baixa, ajuste gradual, observando janela terapêutica (ex.: lítio 0,6–1,2 mEq/L).
  4. Monitoramento — escalas de sintomas (PHQ‑9, GAD‑7), adesão, efeitos colaterais, parâmetros vitais e laboratoriais (ex.: creatina‑fosfoquinase em antipsicóticos de depósito).
  5. Educação farmacológica — explicar mecanismo de ação, tempo de latência, manejo de efeitos adversos (boca seca, sonolência), risco de síndrome de abstinência.

Condições tratadas: depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, TDAH, transtornos de ansiedade, TOC, TEPT, insônia crônica, dor neuropática associada à comorbidade psiquiátrica.

Evidência e personalização: algoritmos de tratamento (STAR*D, CANMAT) sugerem sequências, mas farmacogenética (CYP2D6, CYP2C19) e análise de variáveis clínicas (idade, sexo, IMC) permitem individualizar. Exemplos: pacientes ultrarrápidos no CYP2D6 podem demandar doses maiores de alguns ISRS; usuários de lítio precisam controle de TSH a cada 6 meses.

Segurança: checagem de interações (sertralina + triptanos eleva risco de síndrome serotoninérgica); monitoramento de intervalo QT em antipsicóticos; protocolo de reversão em caso de toxicidade (benzodiazepínicos para crises de serotonina leve, naloxona para opioides).

Adesão — aproximadamente 50 % interrompem psicofármacos nos primeiros 3 meses. Estratégias: blister calendarizado, lembretes via app, consulta compartilhada, gestão de efeitos adversos precoces. Construir aliança terapêutica é determinante.

Transição de fases: crise aguda (dose plena), manutenção (dose reduzida) e, quando possível, tapering gradual para minimizar rebote. Jamais interromper abruptamente ISRS ou benzodiazepínicos de longa data.

Abordagem holística: medicação é pilar, mas resultado ideal vem de combinação com psicoterapia, intervenções de estilo de vida (sono, exercício, nutrição) e suporte social.

Aspectos éticos: consentimento informado, respeito à autonomia, linguagem livre de estigma, confidencialidade, avaliação de capacidade decisória. Em populações vulneráveis (idosos, gestantes) ponderar riscos e benefícios duplamente.

Mensagem final: o gerenciamento de medicação é arte e ciência. Requer conhecimento técnico, escuta ativa e parceria genuína para transformar comprimidos em qualidade de vida e autonomia.

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