
Acumulação compulsiva — também chamada de transtorno de acumulação — é uma condição de saúde mental caracterizada pela dificuldade extrema de descartar objetos, independentemente de seu valor real. Roupas antigas, jornais, aparelhos quebrados, embalagens vazias e até animais podem se amontoar até bloquear portas e janelas. O apego emocional aos itens gera forte ansiedade à simples ideia de se desfazer deles, criando um ciclo de guardar‑mais‑para‑sentir‑se‑...
No nível físico, a casa perde funcionalidade: fogões são cobertos por pilhas de louça, corredores viram labirintos de caixas, e o risco de incêndio ou infestação de pragas cresce. Consequências sociais incluem isolamento, vergonha de receber visitas e conflitos familiares. Muitos acumuladores enfrentam processos de despejo ou multas por insalubridade. A saúde mental também é afetada: depressão, ansiedade generalizada e impulsividade acompanham cerca de metade dos c...
Causas multifatoriais: Tratamento baseado em evidências: Programas de clean‑out devem ser conduzidos com consentimento e ritmo negociado, evitando choque que possa gerar recaída. Cidades implementam iniciativas de coleta especializada, enquanto ONGs oferecem voluntários treinados para suporte emocional durante a limpeza. Aplicativos de realidade aumentada ajudam a visualizar como ficaria o espaço sem entulho, motivando o descarte. Prevenção e conscientização: palestras em centros comunitários, campanhas de TV que diferenciam “colecionar” de “acumular” e integração de temas de saúde mental em políticas de habitação. Serviços sociais, bombeiros e profissionais de saúde precisam de protocolos de encaminhamento conjunto. Caso note que objetos tomam conta de sua casa ou de alguém próximo, busque ajuda profissional. Recuperar o espaço físico é recuperar também autonomia e dignidade.